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Gato Nelson

  Era uma vez um gato chamado Nelson, ele era bem gordo e cinza, tinha os olhos verdes e bigodes bem longos. Nelson adorava chamar atenção de seu dono, um garoto de óculos grandes  que adorava acariciar o gato. Nelson achava seu dono indiferente, as vezes acariciava, as vezes colocava ração num potinho vermelho e em um amarelo, que era da cadela Nina ou as vezes o mandava para fora de casa quando estava jantando. Por isso Nelson sempre tentava algo novo para poder entrar dentro da casa de seu dono para poder mordiscar alguma coisa, apesar de ser bem fofo e barrigudo, Nelson sempre gostava de comer coisas que não sejam a mesma ração de sempre, como daquela vez em que o gato gordo tentou pular as janelas da casa e acabava sempre dando de cara nos vidros, o que assustava seu dono e fazia a cadela Nina latir sem parar. O dono murmurava algo mas quando via que era Nelson dava uma risadinha de canto de boca. Nelson acabava por miar em alto e bom som a noite inteira se queixando de fome, mas o dono sempre acabava o ignorando sabendo que já havia ração em seu potinho vermelho. O gato desistia e ia para o banco marrom do quintal da casa para se deitar e ronronar de barriga para cima e língua de fora como sempre fazia. 
No outro dia, quando o dono ainda bocejava, Nelson estava à porta esperando o garoto de óculos colocar a ração em seu potinho. Depois de comer, o gato ia para o sofá junto ao dono, onde ele mordia o cotovelo do garoto para que ele o fizesse carinho e Nelson acabasse dormindo pelo resto da manhã. Aquela rotina parecia boba para seu dono, mas era um ritual para Nelson, pois sempre acordava bem na hora em que seu dono batia as panelas para preparar o almoço. O gato acordava num pulo e ia correndo para a cozinha.
A tarde, Nelson roubava os aposentos da cadela Nina, que não esboçava reação, pois sabia o poder das garras do gato, Nina passava de mansinho sem acordá-lo e se deitava no chão frio até que Nelson acordasse com os sons das panelas para o jantar, ele tinha um ótimo despertador. O gato ficava com seus olhos verdes arregalados e miava em sons que mais pareciam um bebê tentando se comunicar com alguém para tentar arranjar algo para comer na hora em que seu dono preparava o jantar e o gato sempre conseguia.
O gato bem que gostaria de receber petiscos o dia inteiro, mas não conseguia, quando não ganhava nada atordoava seu dono e toda a vizinhança com seus cantos em miados, mas seu dono o ignorava e  Nelson acabava assim mais um dia comendo apenas a ração do potinho vermelho e indo para o banco marrom dormir de barriga para cima e língua para fora.

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